2ª P.A. ja ganhada neste tópico.

A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza Feudal da época (senhores Aventureiros, Lanceiros, Sacerdotes, Arqueiros, Ladinos e Atiradores) era detentora de terras e arrecadavam impostos dos camponeses. O Sacerdote (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade, sendo assim condenando os “Bruxos” (Feiticeiros) pelo uso de magia negra. Os Sacerdotes também eram isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos (mercadores). Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), assim como os “Bruxos” que nunca concordaram com tal regra.

A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os Aventureiros, comandados pelos Sacerdotes, formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e armas diversificadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval, porem não os mais fortes de todo Feudo, tendo os “Bruxos” como inimigos, extremamente sábios e poderosos.

A Igreja via estes “Bruxos” como "maldicões do mundo... um amante puro da destruição em massa”, e, portanto, um pecador. A legislação carolíngia proibia, por exemplo, toda magia que derivasse desses pecadores, com exceção magias de cura e proteção. Sacerdotes e bispos se enchiam de ódio, vendo seus inimigos ficarem cada dia mais fortes que eles. Os descendentes de “Bruxo” mesmo sem usar as magias proibidas, eram desprezados pela sociedade, que eram a favor do Sacerdote.

Olhando aquilo um antigo e poderoso “Bruxo” chamado Kuvanur Deeron, convocou seus semelhantes para uma reunião enquanto todos dormiam, e na mesma noite sumiram sem deixar rastros, em rumo a um lugar melhor para se viver e estudar o dom que lhes foi concedido. A insegurança e a tendência à auto-suficiência dos domínios senhoriais, diminuíram o ritmo e a quantidade dos comércios, devidas ao desaparecimento dos “Bruxos”. Alguns castelos e reinos começaram a ser atacados, as antigas cidades que sobreviveram às invasões de alguns rebeldes, perderam sua função e permaneceram apenas com função religiosa de sede de bispado, ou política, abrigando a corte de reis e condes.

Nos períodos do ano em que as estradas se tornavam intransitáveis devido à chuva ou à neve, o líder Deeron decidiu procurar juntamente de seus irmaos parar no cruzamento de grandes rotas em portos fluviais ou marítimos, ou junto a uma antiga cidade ou castelo fortificado que suprissem suas necessidades, dando em troca magias de cura e de misticismo. Essa permanência logo fazia surgir um bairro mercantil ou manufatureiro – o burgo - ao lado do castelo feudal ou da catedral. A principio, o burgo era apenas "um emaranhado de vielas, cloacas e pocilgas", espremido entre muralhas e portões que se fechavam à noite.

Nele concentravam-se os mercadores, artesãos e “Bruxos” dos diversos ofícios, e a liberdade de todos conquistada por Deeron, o que incentivava as trocas de mercadorias e magias com as aldeias dos camponeses e alguns guerreiros nômades. Todos os “Bruxos”, nascidos próximos aos domínios castelos ou catedrais, sabendo da noticia, não tardaram em procurar se libertar do jugo dos senhores feudais, obtendo sua autonomia através da compra da Carta de Franquia, mediante uma indenização paga ao conde ou barão, ou pela guerra.

Surgia assim o inicio de uma comunidade, baseada em princípios de lealdade e igualdade entre seus habitantes, e os que tinham o dom da magia não eram mais chamados de “Bruxos” e sim Feiticeiros. As comunas contavam com milícias próprias e o governo era exercido pela democracia, independentemente dos senhores feudais.

De um simples local de trocas, um mercado, as cidades foram se transformando em centros manufatureiros e mágicos, especializados no artesanato de lã, linho, armas, couraças, elmos, vestuários, alimentos e a tão agora conhecida força da Feitiçaria. Passam-se alguns anos e Kuvanur Deeron foi a paz eterna enquanto dormia, no exato momento em que completava 125 anos.

Depois da morte de seu líder, os seguidores, em memória do mesmo, decidiram chamar o local como reino de Deeron, conhecida como uma cidade respeitosa, cheia de magia, artefatos variados e exóticos, sendo o melhor centro de paz e comercio da região.